sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O nosso patrono





LUIZ CAMILLO DE OLIVEIRA NETTO

O químico Luiz Camillo de Oliveira Netto que nasceu em Itabira /MG, em 09/09/1904, faz parte da história brasileira. Apesar de ter se formado em química, era apaixonado por história e por política e esse foi um dos motivos pelos quais Luiz Camillo participou e teve presença marcante, em Minas, na revolução de 30.

Na Era Vargas, durante a eleição de parlamentares para a Constituinte de 1934, Luiz Camillo foi para o Rio de Janeiro dirigir a Casa de Rui Barbosa. Porém, em 1938 ele entra em choque com o ministro Gustavo Capanema, por causa do fechamento da Universidade do Distrito Federal. Esse encerramento teve como conseqüência a demissão de professores franceses e brasileiros, como Mário de Andrade, Luiz Freire, Portinari e Prudente de Moraes.

Por intermédio de Rodolfo Garcia, então presidente da Biblioteca Nacional, Luiz Camillo foi indicado para dirigir o Centro de Documentação, a Biblioteca e a Mapoteca do Itamaraty. Diante da nova ocupação, ele visitou a Torre do Tombo e o Arquivo Colonial, em Portugal, e descobriu documentos históricos importantes, que naquela ocasião e devido a sua intervenção, foram comprados pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil. Dentre esses, destaca-se o “Livro Primeiro do Governo do Brasil”, que revela como esse país era visto por seus governantes de 1607 a 1633.

Além de todas essas ocupações Luiz Camillo também foi um dos principais articulistas do Manifesto dos Mineiros, de 24 de outubro de 1943. Esse papelzinho corrosivo assinado por Virgílio, Affonso Arinos, Odilon Braga, Arthur Bernardes, Adauto Lúcio Cardoso e pelo próprio Luiz Camillo, que deu início à queda da ditadura Vargas. Já em 07 de abril de 1945, após a queda dessa ditadura, esses mesmos mineiros do Manifesto começaram a formar a União Democrática Nacional (UDN).

Luiz Camillo Casou-se com D. Elza Malheiros de Oliveira Penna e teve cinco filhos com os quais pouco conviveu, já que seu idealista coração mineiro não suportou a volta de Getúlio Vargas ao
poder. E por amar tanto uma nação, faleceu aos 49 anos vítima de hipertensão maligna.

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